
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, recebem o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e sua esposa, Cilia Flores, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília – O encontro entre Lula e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, realizado nesta segunda-feira (29), em Brasília, provocou uma chuva de comentários e postagens na internet, colocando a palavra “Venezuela” como a mais utilizada nos trending topics do Twitter. Enquanto o petista dava as boas-vindas ao presidente do país vizinho após oito anos sem articulações, internautas reagiram negativamente.
Ao recepcionar Maduro, Lula chegou a declarar que as duas nações vivem um “novo tempo” para superarem juntas os obstáculos que “a Venezuela tem sofrido nos últimos anos”.
“É um prazer te receber aqui outra vez. É difícil conceber que tenham passado tantos anos sem que mantivessem diálogos com a autoridade de um país amazônico e vizinho, com quem compartilhamos uma extensa fronteira de 2.200 km. Eu achava a coisa mais absurda do mundo, as pessoas negarem que você era presidente da Venezuela e um deputado federal ser reconhecido como presidente da Venezuela. Eu dizia que eu não compreendia como é que um continente que conseguiu exercer a democracia tão plena como a Europa exercia, poderia aceitar a ideia de que um impostor (Juan Guaidó) poderia ser presidente da República quando não aceitavam o presidente eleito”, declarou Lula ao recepcionar o venezuelano.
Simultaneamente, mais de 290 mil tweets foram compartilhados na web, a maioria com críticas negativas. Confira:
Políticos de oposição também reagiram
Alguns políticos da oposição do governo Lula também reagiram na internet. Entre eles, também houve a manifestação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que sem dizer nada, apenas com a publicação de uma vídeo, tentou provar o alinhamento entre Lula e Maduro com um vídeo do petista.
Já o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), usou o tom irônico ao falar sobre o encontro presidencial:
A crítica do ex-ministro da Justiça e agora senador da República, Sérgio Moro (União-PR), contou com o retrospecto que os Estados Unidos já chegaram a inclusive oferecer 15 milhões de dólares pela prisão do presidente venezuelano sob a dos crimes de narcotráfico e terrorismo internacionais e de corrupção.
Afastado da Câmara dos Deputados após ter seu mandato caçado pelo Tribunal Superior Eleitoral, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), usou recortes de reportagem para dizer que o país vizinho vive uma ditadura.